TORNA
Atas das reuniões do Comites PR/SC
ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSITES PR/SC.

Aos cinco dias do mês de maio de dois mil e um, as nove horas e trinta minutos, na sede do LIRA –Circulo Italiano de Blumenau, na rua Benjamim Constant, 2469, Bairro Vila Nova- Blumenau-SC , reuniram-se os membros do CONSITES PR/SC conforme lista de presença que é parte integrante desta ata. Ausentes com justificativas os conselheiros Mario Pasa, Sergio Galetto e Oscar Weschenfelder. Presentes também o Cônsul Geral da Itália Dr. Gianni Piccato, o Agente Consular de Blumenau Sr. José Campestrini, os presidentes da FEIBRAVISC Sr. Marcio Fumagalli, da FEIBEMO Sr. Francisco Iagher, da FOCAIB Sr. Edgar Giordani, e o da FESCAIB representado pelo Sr. Newton V. Bortolotto, do Presidente do LIRA Sr. Nilo Floriani, da Consultora da Região Trento Sra. Iracema Moser; do Jornal Insieme Jornalista Desidério Peron, do Jornal O Corujão Sr. Geraldino Ochner, reuniram-se os membros do CONSITES PR/SC sobre a presidência do Dr. Walter Antonio Petruzziello que após dar as boas vindas aos presentes deu por aberta a sessão. Após lida a ata da reunião anterior foi sugerido pelo Cons. Pontalti que ao se mencionar a Circunscrição Consular não se usasse Paraná ou Curitiba, mas sim PR/SC. A Cons. Marilei, solicitou que se acrescentasse que o que havia dito na reunião precedente que Sr. Barindelli enquanto membro do comitê de presidência do CGIE, se responsabilizou pela organização da delegação do Brasil para a I Conferência dos Italianos no Mundo, e não o fez. Feitas estas ressalvas a ata foi aprovada por unanimidade. O Sr. Presidente fez um longo relato sobre os documentos produzidos na reunião continental do CGIE realizada em Lima e explicou o porque não houve presença de “experts”. Disse, ainda, de sua satisfação em encontrar a Comunidade e agradeceu a acolhida do LIRA. O Sr. Presidente esclareceu a sua intervenção na última reunião do CGIE e o propósito de suas palavras. Disse que é um mal entendido tentar fazer com que sua intervenção seja algo pessoal contra o Cônsul Piccato pois jamais teve esta intenção. O tema era sobre reforma do Orgânico Consular e o Presidente disse não poder ficar calado diante da grande problemática que aflige todos os Consulados na América do Sul. Disse que carta distribuída pelo Sr. Barindelli tem, como sempre propósitos escusos mas que sobre isso já havia se pronunciado e agora tratará de buscar a tutela da Justiça. O Sr. Cônsul falou de que teve oportunidade de conversar com o Sr. Presidente e este fato já foi esclarecido, embora tenha ficado um pouco magoado com o que resultou na ata deo CGIE. Anunciou, ainda, que está praticamente de saída, pois vai assumir novas funções em Ankara, como Conselheiro comercial da Embaixada. Relata um pouco de seu trabalho a frente do Consulado em Curitiba e que o tempo foi suficiente para desenvolver o trabalho e compreender à situação da Circunscrição, que não é muito fácil. Falou sobre a visita do Embaixador e diz que não vai se alongar sobre o fato, pois a matéria que foi amplamente divulgada pela revista Insieme, inclusive com entrevista. Espera que proximamente ocorra uma visita oficial a SC, embora, ainda, não tenha maiores informações. Pediu que as lideranças da comunidade, o Agente Consular, as Associações, e Conselheiros do Consites/SC para participar no momento protocolar, para que o Embaixador tenha consciência da expressividade da comunidade. Prosseguindo com a palavra, o Sr. Cônsul falou sobre a questão da cidadania. Disse que na lista de espera, atualizada existem aproximadamente 12.100 nomes, representando aproximadamente 52.000 pessoas. Formalmente estão sendo chamados até o nº 700 e nas próximas semanas estarão enviando mais cartas. Da lista de espera acredita que muitos já forma atendidos e alguns tem várias inscrições. Em relação aos Trentinos já informou o bastante, inclusive com vários artigos no Jornal Insieme. Falou sobre um seminário que seria realizado na Província de Trento, nos dias 04 e 05, mas que foi adiado para os dias 25 e 26 de maio pv. Ontem e hoje deveriam estar se realizando em Trento um seminário, que foi transferido para os dias 25/26, e que será acompanhado com muita atenção, pois podem ser definidos alguma forma de atendimento e regulamento sobre a questão da cidadania à Trentinos. Discorre, ainda o Cônsul Piccato, sobre um fax que enviou à todas entidades que estão aqui representadas, sobre um Edital de Concurso enviado pelo ”ICE” que julga interessante, pois se trata de um incentivo que visa a realização de um curso de formação “Master em Economia”. Diz que o problema é sempre o prazo muito curto e pediu que se tente encontrar candidatos na comunidade. Retornando ao argumento de cidadania o Sr. Cônsul declarou ter conhecimento das dificuldades e do grande número de pedidos de cidadania que tem o Consulado, mas comentou que a famosa lista de espera foi uma conseqüência que ele herdou da passada gestão consular e defendeu os seus funcionários que realmente são poucos e que fazem o possível para atender todos os pedidos. Lembra que desde o falecimento do Sr. Biagio se passou quase um ano para a chegada de seu substituto. Sobre o assunto o Sr. Presidente disse que vai se manifestar depois e que o Cônsul também pode voltar a se manifestar se desejar. O Cons. Anesi encaminhou uma correspondência solicitando ao CONSITES a aprovação da indicação da Sra. Iracema Moser Cani para ser a consultora Trentina para o sul do Brasil (PR/SC/RS) e o Sr. José Eraldo Stenico para o norte do Brasil (SP/RJ/ES/MG). O Sr. Presidente disse que o COMITES deve respeitar a vontade da coletividade e a indicação foi aprovada com uma salva de palmas. O Sr. Cônsul citou que já havia encaminhado a sua aprovação. Em seguida passou a intervenção dos Conselheiros por ordem alfabética. O Cons. Aromatário recorda de que quando era Presidente, realizou assembléias fora da sede ou seja fora de Curitiba e que na sua 2ª gestão realizou uma reunião em Criciúma, uma em Florianópolis e outra em Arapongas, atingindo toda a jurisdição. Se sente feliz em participar da reunião nesta belíssima cidade e agradece ao Conselheiro Anesi. O Cons. Guido Burigo também agradece a acolhida e pediu para que Criciúma fosse sede de uma reunião do Consites antes da saída do Sr. Cônsul, por acreditar que o Cônsul atual deu uma atenção especial a todos e que mesmo as suas negativas forma efetuadas com muita diplomacia. O Cons.Antonio Cancellier falou sobre os cursos e os estágios na Itália e lamentou que as informações e os editais chegam sempre em cima da hora e é difícil encontrar candidatos na comunidade no prazo estipulado. O Cons. Crepaldi pergunta em nome de Siderópolis por quanto tempo tem validade os documentos traduzidos, pois é uma grande preocupação da sua coletividade. Solicita, também, se possível, uma lista atualizada daqueles que aguardam pela cidadania, para poder informar as pessoas que o procuram para saber se estão inscritos. Disse que Siderópolis tem 2.713 alunos e destes 996 estão estudando italiano 1 hora aula por semana, sendo que isto justifica seus tantos pedidos de cidadania italiana. Entregou também ao Sr. Cônsul uma lista com os números de alunos e os nomes dos professores para que não haja desconfiança em relação a Siderópolis, pois realmente tem esses números. Solicita uma visita do Diretor Didático do Consulado na sua cidade. A Cons. Caterina afirmou que uma hora de aula semanal é muito pouco. O Cons. Crepaldi responde que a carga horária está dentro da grade curricular. O Cons. Dalla Rosa se manifesta dizendo ao Sr. Cônsul que infelizmente a imprensa, falada e escrita, e mesmo as pessoas lembram muito mais o lado negativo e que infelizmente as pessoas só são lembradas quando morrem ou são transferidas. Tem certeza de que quando o Cônsul Piccato deixar Curitiba terá muita gente elogiando o que ele fez. A Conselheira Caterina disse que quando o atual Cônsul assumiu, em Curitiba, encontrou um COMITES em luta e dividido e conseguiu colocar paz e tranqüilidade para que o mesmo pudesse desenvolver seu trabalho e portanto, agradece por todos. O Cons. Marcon disse que o Cônsul Piccato foi o primeiro Cônsul a visitar Turvo, pequena cidade do sul do estado e por isso ele agradece. Disse estar preocupado com a questão dos votos para os italianos no exterior, pois muitas pessoas estão despreparadas em relação ao assunto, demonstrando sua preocupação em que estas pessoas sejam manipuladas. A Conselheira Marilei fez um agradecimento especial ao pessoal de Blumenau e ao Cons. Anesi. Dá, ainda, os parabéns à Sra. Iracema e diz que como catarinense se sentia orgulhosa em have-la como representante dos Trentinos. A Cons. Marilei continuou reforçando a questão dos poucos representantes brasileiros, no CGIE, citando que são 9 da Argentina contra 4 do Brasil. Ressaltou também que o Sr. Cônsul continuou com aquela abertura e difusão do Comitês que já tinha começado com o ex-Cônsul Marcello Alesio. O Cons. Moacir disse que teve a oportunidade de visitar junto com o Cônsul algumas comunidades no Oeste Catarinense e que desde a sua chegada o mesmo tem feito um trabalho de abertura para as comunidades. Diz que todos conhecem o Cônsul, fato que não acontecia anteriormente e por isso o parabeniza. Ao usar a palavra o Cons. Mondio inicia dirigindo-se aos presentes e informando que vai leu sua declaração em virtude das dificuldades que tem, ainda, em relação a língua portuguesa. Diz: “Lendo nestas últimas semanas a carta enviada a meio mundo, por um Conselheiro do CGIE e Presidente do Centro de Cultura Italiana PR/SC, que nas entre linhas acusa o COMITES, colocando em discussão as nossas decisões, criticando as nossas escolhas, jogando lama com acusações e insinuações gratuitas sobre o trabalho de várias pessoas; me permitam confessar que fico abismado, por polêmicas inúteis, levantadas a propósito, como para adiantar um parecer, quase com o intuito de influenciar o novo Embaixador ou o futuro Cônsul, que parece deverá chegar na metade deste ano e depois lendo a conseguinte resposta do Presidente do COMITES, adv. Walter Petruzziello, também ele Conselheiro do mesmo CGIE e a carta do ex Cônsul de Curitiba, Marcello Alessio, apenas reforça a minha idéia de que toda essa situação é errada. Para colocar mais lenha na fogueira, chega diretamente de Roma a notícia que as importâncias que serão distribuídas, não se sabe bem em que mês e quando, para as Entidades que dedicam-se ao ensino e a difusão da língua e cultura italiana nos nossos dois estados tiveram cortes. O COMITES tinha dado o seu parecer, a meses atrás, depois de uma atenta e objetiva análise dos balanços, onde foi por unânime votação dos conselheiros estabelecido um valor para cada Entidade receber, procurando também tentar preencher aquela diferença, em percentual para nivelar as contribuições que cada uma teria recebido, e pedindo depois, apenas um certo rigor acompanhado de uma eventual inspeção ministerial, para uma dessas entidades ou seja o CCI, o que era necessário depois de uma série de denúncias de irregularidades. E então o que aconteceu? Como sempre, nada. Mais uma vez o parecer do COMITES não teve nenhuma consideração. Em Roma foram estabelecidas as importâncias para as Entidades e mais uma vez a surpresa foi grande: Teve uma redução nas quantias, que foi entre 33 a 39 % a menos em relação ao parecer do COMITES, enquanto para aquela única Entidade para qual foi pedido uma inspeção preventiva, recebeu, ou melhor receberá 34 % a mais em relação ao mesmo parecer do COMITES que era de cerca 615 milhões de liras, graças não se sabe com a ajuda ou intervenção de quem, conseguirá trazer para casa bem 830 milhões, 215 milhões a mais, repito em relação ao parecer do COMITES. A este ponto me pergunto: Para que serve o COMITES, ou fazer parte dele ? Porque o MAE se presta a fazer ouvidos de mercante, cada vez que o COMITES procura encontrar uma luz na escuridão ? Porque o MAE continua a não ter a mínima consideração para com um COMITES como o nosso, que exprime seus pareceres por unanimidade ? Porque continua a proteger alguém, causando prejuízo as outras entidades igualmente merecedoras de atenção?Por que então não vamos falar de uma vez por todas aquilo que realmente sabemos, que pensamos a tempo ? Por que não dizemos claramente que sabemos que o COMITES é institucionalmente suportado e tolerado pelo Ministério do Exterior, somente porque a lei o impõe, como acontece aos outros Comitês do resto do mundo, e que cada vez que se procura interferir nas decisões soberanas e incontestáveis do MAE, o resultado é sempre o mesmo: Nada.Talvez aqueles senhores romanos achem que nos candidatemos e depois somos eleitos nos vários COMITES somente porque temos tempo a perder ou que viajamos por diversão, perdemos horas e dias de trabalho porque não temos nada melhor a fazer ? Ou acham que somos palhaços prontos a fechar os olhos na frente de qualquer pessoa ou coisa, que eles queiram ou tenham interesse de proteger ? Então estão se enganando! Pelo menos esse COMITES sempre evitou envolvimento em favoritismos não aceitando compromissos, superou as dificuldades iniciais criadas à propósito, procurou sempre ser um COMITES responsável e sério; e começando pelo mesmo nosso Presidente Adv. Petruzziello, que desde o início procurou fazer superar as barreiras existentes e tentou planejar as diferenças políticas que existiam formando um grupo compacto e correto, de pessoas que acreditam naquilo que fazem, e que trabalham ou tentam trabalhar para o bem da coletividade. De frente a todas essas perplexidades , creiam-me, tenho vontade de abandonar tudo e passar a bola pra frente pelos meses que ainda faltam para completar nosso mandato. Parece certo que as vezes se esteja cumprindo o mesmo papel que fazia Dom Quixote quando lutava contra os moinhos de vento. É também verdade que não posso esquecer-me dos 2.631 votos que recebi na última eleição, que com uma ponta de orgulho lembro, me fizeram eleito como segundo candidato mais votado da circunscrição depois do nosso Presidente. Sentiria então que estaria traindo todas aquelas pessoas que acreditaram em mim e a todos os meus companheiros de trabalho.Mas cheguei a uma conclusão irrevogável e amarga... Este para mim será o meu primeiro e último mandato no COMITES, deixo aos outros a possibilidade de experimentar o que significa lutar contra os moinhos de vento, ver continuar crescer a impunidade de alguém, mendigar contribuições para gestão do mesmo COMITES e de algumas Entidades gestoras, de pedir e depois receber esmolas para ajudar os nossos concidadãos carentes. Desculpem-me, mas minha educação e meu bom senso não me fazem fechar os olhos sobre essas coisas. É muito fácil nestes momentos sentirmos dizer que a Itália se lembra de nós italianos no exterior mas começo a duvidar que isto seja verdade. Não vou renunciar, pelos motivos que já expliquei, mas como Conselheiro eleito, exijo que o COMITES tome providências e procure saber porque uma Entidade recebe 34% acima de nosso parecer e outras recebem em média 35% a menos. Isto não é justiça e não é correto. Precisamos de transparência e credibilidade e só vamos conseguir isto se lutarmos contra este tipo de injustiça. Me desculpem o desabafo, mas é a verdade, não só do meu coração mas principalmente da razão.”

Pedindo a palavra, o Sr. Cônsul disse que falar em números é sempre difícil e que o Cons. Mondio referia-se as importâncias emitidas no parecer do Comitês, que é obrigatório mas não vinculante, mas que os valores aprovados para Entidades em relação ao efetivamente recebido no ano passado foi aumentado, citando alguns exemplos como a Dante que teria tido um acréscimo de aproximadamente 80 %. Cita também o CECLISC, que teve um aumento de Liras 90.000.000 para 120.000.000 ou 130.000.000. O CCI passou de Liras 900.000.000 para 830.000.000 com decréscimo de cerca de 15 % e teve menos que o ano passado. Diz que é preciso enxergar, monitorar e controlar e graças também ao pessoal do COMITES, está fazendo isto, mas é necessário ser correto nos dados.

O Sr. Pres. disse que a questão de estatística é um pouco complicada e relativa, porque nem sempre se usa o mesmo parâmetro, e que o Cônsul tinha razão, porque a respeito do ano passado as coisas melhoraram, mas não se pode ignorar as palavras do Cons. Mondio.

Em seguida utilizou-se da palavra a Cons. Neide de Pellegrin, que fez severas criticas ao modo como o Sr. Luigi Barindelli, que não estava presente, coloca em dúvida a sua integridade e que todos tem conhecimento da correspondência que o mesmo enviou à várias pessoas, inclusive porque esta publicado na Insieme na Internet. Diz que mesmo com a ausência do Sr. Barindelli, deve respeito às pessoas aqui presentes e que todos conhecem sua integridade. Relata a questão que envolve uma carta e que já foi assunto em reunião precedente. Diz que vive com sua aposentadoria de professora do Governo do Estado de SC e que todos podem imaginar o seu valor. Diz que não recebo subsidio do MAE para pagar telefone, xerox, correio legalização de documentos ao contrário do CCI que recebe verbas do MAE e paga as contas de telefone do vice-consulado de Florianópolis, conforme já ficou provado. Relembra que tudo começou em virtude de uma denuncia de teria cobrado R$50,00 para atender uma questão de cidadania quando na verdade o que houve foi um reembolso de despesas e que tanto o Sr. Cônsul quanto o Presidente Petruzziello estão ao corrente do assunto. A Conselheira tece críticas a Agencia Consular de Criciúma, principalmente em relação a Srta. Judith que trabalha ma agência consular de Criciúma e é também funcionaria do CC I, aproveitando-se da oportunidade e utilizando-se de pessoas simples, humilde e de pouca escolaridade para fazer tramas e intrigas, inclusive encaminhando-as ao Sr. Itamar Benedet, que por sua vez amedrontou a humilde senhora induzindo-a a fazer a acusação, inclusive redigindo e datilografando a carta em nome da senhora. Diz que está na hora do Sr. Barindelli dar a cara para bater e não de ficar se escondendo atrás de uma pessoa doente e que se demitiu do COMITES por este motivo. Diz que é muito vergonhosa a atitude do Sr. Itamar e da Sra. Judite e principalmente do Sr. Barindelli que os usa como testa de ferro causando tumulto na região. A Conselheira Neide faz ainda algumas considerações sobre o comportamento do Sr. Barindelli e do Sr. Itamar. O Cons. Pontalti se solidariza com o Cons. Mondio, dizendo que é uma carta forte e justa, efetivamente consistente e representa o mesmo pensamento seu. Lembra que em 1998, quando da analise dos documentos, dizia que uma associação de Florianópolis não tinha direito porque não existia de fato e que não deveria ser concedida verbas. Diz que o Comites sempre realizou pareceres sérios e com base em dados concreto, inclusive, no ano de 2000, foi feito com a ajuda de contador e que todo o trabalho do Comites foi colocado no lixo. Agradece ao Presidente Petruzziello a sua luta pela causa dos Trentinos e se solidariza também com a Cons. Marilei e parabeniza a Sra. Iracema a quem acha uma das mais autênticas pessoas, uma bandeira da região. Solicita se seria possível ter alguma informação sobre a política italiana e se é possível ter acesso aos nomes dos 35.000 italianos inscritos no Consulado para que pudessem ser chamados à participarem das associações . O Cons. Serenato agradece ao pessoal de Blumenau pela acolhida e endossando as palavras de alguns colegas agradece a participação do Cônsul Piccato no seio da comunidade. Agradece ao Presidente Petruzziello as participações em Curitiba de vários eventos nas comunidades italianas fazendo o COMITES tornar-se mais conhecido. Disse que até algum tempo atrás ninguém conhecia os Cônsules e que algumas pessoas se aproveitando disso se faziam passar por Autoridade Consular e hoje isso se tornou difícil porque todos conhecem a verdadeira autoridade consular. Se congratula com as pessoas que tem feito um trabalho sério junto a coletividade. O Cons. Zanella gostaria de comunicar que a poucas semanas atrás Taió recebeu a visita do governador da Provincia de Belluno, acompanhado do Prefeito de Lentiai para dar início ao projeto de “gemellaggio”. Aproveita para externar o seu contentamento com a possibilidade da Sra. Iracema ser a consultora dos Trentinos. Retomando a palavra o Senhor Presidente faz algumas considerações sobre o que foi dito, explicando que sua intervenção no CGIE durou cerca de 18 minutos e que na ata não tem mais do que 8 linhas. Repete que suas palavras foram instrumentalizadas e não espelham a realidade. Cita, inclusive outros exemplos já acontecidos no passado sobre entrevistas. Diz que continuará defendendo a coletividade, independente das oposições. A lista de espera foi instituída pelo Consulado, mas, disse o Presidente, ele continua sendo contra e continuará a chamá-la de lista de Schindeler ao contrário, pois arrisca o cidadão morrer antes de conseguir a cidadania. Quando fala em sensibilidade se refere a ajudar as pessoas necessitadas e que precisam de um trabalho e que perdem esta oportunidade na Itália, por falta da cidadania. Diz, ainda, ao Cons. Burigo ser muito difícil uma reunião em Criciúma antes da partida do Sr. Cônsul. Aproveita para agradecer ao Cônsul Piccato pelo bom trabalho realizado no Consulado, visto não ter a certeza de que haverá outra reunião do COMITES antes de sua partida. Diz que o Cônsul Piccato deve levar nossa gratidão e que eventuais críticas fazem parte do trabalho e como já dito várias vezes não se referiu jamais a pessoa, mas ao cargo. Diz que o problema que tentaram criar entre ele e o Cônsul está definitivamente sepultado pois esse problema jamais existiu. Faz, ainda, o Sr. Presidente algumas considerações, principalmente, sobre as palavras da Cons. Neide e do Cons. Mangili, que ficou impossibilitado de comparecer. Diz que todos os presentes receberam um envelope com alguns documentos e que não há necessidade de perder tempo em lê-los agora. Discorre sobre o conteúdo da carta assinada pelo Sr. Barindelli e diz que quanto as perguntas do Cons. Mangili, se haviam sido tomadas alguma providência em relação as ilações ali contidas, explicou que na defesa do Comites havia esclarecido alguns aspectos ao Embaixador e ao Cônsul, enquanto que sobre o lado pessoal está tomando as providências necessárias. O Presidente aproveita para perguntar ao Cons. Aromatário, que foi o Presidente na gestão anterior, se tinha alguma coisa que pudesse denegrir a pessoa da Sra. Laura, conforme o Sr. Barindelli cita na carta e se a mesma havia sido demitida, conforme ali consta . Em resposta o Cons. Aromatario esclarece que nunca teve nada que pudesse desabonar a conduta da secretaria Laura e que a mesma não foi demitida, mas pediu demissão. O Presidente adverte que existem muitos escritórios “ especializados” em cidadania e que devemos tomar cuidado pois este tipo de coisa o preocupa, principalmente sob o aspecto de que algumas pessoas estão usando seu nome indevidamente. O Presidente diz que o Comites continuará a trabalhar com transparência e que ele continuará a antecipar o dinheiro para o pagamento das despesas do Comites independente das ilações que pessoas sem escrúpulos continuarem a fazer. Com relação a cidadania para sorveteiros o Presidente desafia os acusadores a trazer qualquer prova de que ele tenha feito este tipo de trabalho. A Cons. Marilei informou que não foi só em Xaxim que houve votação com a utilização da declaração substitutiva, mas também em Concórdia onde a lista n. 1 tinha candidato como em outras cidades. Pediu que se fizesse uma moção de agravo contra o Sr. Barindelli pelo seu comportamento contra o COMITES, tentando atingi-lo e não levando em consideração seu trabalho. Colocada em votação a proposta foi aprovada por unanimidade ficando registrado um voto de repudio contra as atitudes do Sr. Barindelli. O cons. Mondio disse que isso é prova de união do nosso COMITES. Foram respondidas pelo Sr. Presidente todas as perguntas formuladas. Em seguida passou-se a palavra aos demais convidados, iniciando-se com o Agente Consular de Blumenau Sr. José Campestrini, que disse: ser um dos Agentes Consulares mais antigos e que de todos os Cônsules, o atual é o mais organizado. Disse estar recebendo muitos pedidos de informações sobre a obtenção da cidadania pelo lado materno, pois tem um patronato em Curitiba fornecendo informações de que este impedimento da lei foi revogada. Forneceu o endereço da Agência Consular de Blumenau, na Rua Itajaí, 2021, fone 340-617 atendimento das 8,30 as 11,30 hs. E que lá estão expostas todas as realidades italianas. Deu os parabéns a SC., aos Presidente das Federação e disse ser necessário uma união em SC. visto que todos são italianos e que devem ser apoiadas as iniciativas para perpetuar a tradição através dos vários eventos, devendo um apoiar o outro, pois unidos é que se levantará a verdadeira bandeira, o verdadeiro patriotismo. O Sr. Marcio Fumagalli presidente da FEBRAIVISC iniciou saudando os presentes e parabenizando o COMITES pela descentralização das reuniões e parabenizar também pela maneira tão clara e cristalina com que a ata foi elaborada e lida aos presentes. Mostra que o trabalho é sério. Discorre sobre sua Federação que abrange 68 municípios e disse ser Presidente do Circulo Italiano de Brusque e representante do Comitato Veneto para a sessão Vale itajaí, norte catarinense recentemente fundado em Cricíuma. Discorre sobre as diversas festas italianas da região e de suas diversidades, inclusive sobre o conflito ecológico, social e cultural da comunidade indígena, da comunidade branca, explicando que José Boiteux foi de extrema importância porque lá tem um instrumento muito forte para ser trabalhado. Diz, ainda, de tomar a liberdade perante o Sr. Enrico Mondio, para dizer entender perfeitamente a forma fervorosa e contundente com que se manifestou e que quem é fervoroso e contundente é porque tem fundamento. Disse o Sr. Fumagalli que foi seu eleitor e fica extremamente à vontade perante os Srs. Anesi e Zanella, que fazem parte de sua região. Diz que votou na sua pessoa do Sr. Mondio e respondia pela parte cultural do Circulo Italiano de Brusque, em 1996, quando os descendentes italianos poderiam ter votado e que por ironia do destino o seu voto foi uma indução do CCI, porque o Sr. Mondio respondia pela coordenação dos cursos. Afirma, o Sr. Fumagalli, que hoje como presidente da Federação, tem outra visão, muito mais clara e cristalina, quanto a ata lida no inicio. Confirma que o seu voto e de pelo menos 40 alunos, no Enrico Mondio foi influência e instrumento, e como acadêmico do curso de ciências políticas e discípulo de Machiavel não importam os meios o importante é governar. O Sr. Fumagalli encerra sua participação fazendo algumas considerações sobre o que vai filtrar da reunião para levar as Comunidades Italianas, agradece e parabeniza o Conselho. Toma a palavra o Sr, Newton Bortolotto que diz não querer se estender muito depois do bem nutrido e exemplar discurso do Sr. Fumagalli que conseguiu sintetizar de maneira sociológica, histórica, filosófica tudo aquilo que ele gostaria de dizer. Explica que sua trajetória é longa e que vem desde os tempos do Cônsul Borgomanero, do Sr. Aromátário e de Dona Iracema. Faz um relato sobre o inicio das atividades no Sul, dizendo que tudo começou quando a Dona Iracema e José Curi começaram a mover os Trentinos. Diz que as coisas iam bem até que a coisa começou a tomar outros rumos e explica o por que. Porque nem todos os agentes promotores das ações sócio-culturais estavam devidamente preparados. Nem todos aqueles que chegavam até nós tinham as mesmas intenções que nós tínhamos e ainda temos. Disse o Sr. Bortolotto que como a “ gente filtra os assuntos temos que avaliar os argumentos também as pessoas que ficam e caminham conosco e que não é o caso de simplesmente eliminar quem nós julgamos inadequados, mas dar a devida posição, o devido tratamento, o devido polimento e instrução para que seja mais sublime nas suas pretensões”. Confirma que o movimento no sul chegou a ser exemplo, não só para o estado, mas para o Sul do Brasil, tendo porém, entrado em um profundo declínio que foi conseqüência clara e lógica do desleixo e do despreparo da grande maioria que deixou a coisa ir como ela quisesse ir. Argumenta que recuperar isso hoje não é fácil e que alguns representantes do Sul poderiam reforçar o que estava colocando. Disse que embora sendo a Região com mais associações não é fácil amalgama-las e que alguma coisa ser feita para retroceder ou reverter essa situação. É difícil, principalmente quando em uma reunião se perde tanto tempo com as encrencas Barindellianas, com as alombarias Itamarescas e coisas do gênero e então não sobra tempo para a cultura, para a italianidade no sentido “Lato” , para o folclore, para o cidadão, para a cidadania.. Diz que por estes motivos se afastou durante alguns anos das associações e que entende a atitude do Sr. Mondio, mas que se você sai da estrada ela fica livre para qualquer um . Se você não lutar nada vai acontecer. A FESCAIB tem grande preocupações, luta muito na questão de se evidenciar aos valores da italianidade que se tem feito muito pouco, não se fala em literatura e só se fala de voto. Diz o Sr. Bortolotto que no resto do estado só se pensa no passaporte para resolver a questão econômica de cada um e que no começo quando o procuravam era para uma bolsa de estudo e que ajudou muitas pessoas com possibilidades de aperfeiçoamento em setores técnicos culturais e que hoje ninguém pede mais isso. Diz que a questão cultural é um mascaramento da língua italiana e que voltou a dar aula este ano para ver se recupera um pouco a moral do ensinamento da língua, por que aos jovens interessa aprender aqueles 15% que acham suficiente para deixar este país. Faz em nome da FESCAIB um referimento muito especial a atuação do Dr. Gianni em relação aos anteriores e coloca num patamar bem próximo ao Ex-Cônsul Dr. Marcello Alessio. A FESCAIB tem tido muita abertura , muito apoio do consulado, tem procurado ser justa, honesta e indiferente em certas situações aonde sabe que não deve tomar partido, tem procurado unificar o movimento no Sul, conseguido muito pouco, porque ainda é difícil esta questão Barendelliana que lhe irrita porque foi bode expiatório do Barindelli, pois quando ele criou o CCI, começou com ele e o Itamar e depois de uma semana soube que havia sido bode expiatório para ele criar o Centro que hoje é, e depois de 15 dias ele estava fora e que só serviu para assinar uma folha debaixo da mesa na casa da praia da Sra. Diselda Benedet . Se solidariza com as colocações anteriores e diz ter as mesmas preocupações, colocando-se à disposição para integrar e somar. Em seguida toma a palavra o Presidente Francisco Iagher, da FEIBEMO, que disse ser Trentino e ter a felicidade de seu pai ter imigrado em 1925. Agradece ao Dr. Gianni o exemplo que sempre tem procurado seguir nestes quatro anos em que tem aprendido muito. Diz que as associações devem se organizar melhor. O Sr. Edgar Giordani, Presidente da FOCAIB cita sua alegria em participar pela 1ª vez de uma reunião do Consites e falou sobre o desenvolvimento da cultura italiana e ao trabalho de algumas pessoas na Região. Agradeceu a abertura que o Dr. Gianni continuou dando ao trabalho iniciado pelo Dr,. Marcello e espera que o próximo cônsul continue nesta linha, porque a comunidade esta aberta, alerta e esperta e sabe qual é a situação do Consulado. Disse estar preocupado com a próxima eleição do COMITES. já que a sua região não tem votos suficientes para eleger um representante pedindo de que não tirem a oportunidade das pessoas de votarem com a declaração substitutiva. A sra. Iracema agradeceu a oportunidade de participar pela 1ª vez de uma reunião do COMITES e agradece ao Cônsul o fato de ter manifestado sua concordância na sua eleição como representante da Região Trentina. Diz que associa-se a Bortolotto, no quanto foi por ele dito e fala da luta dos Trentinos, inclusive da discriminação que sofriam por serem considerados Austriacos e que agora tem orgulho em poder dizer que são italianos. Agradece ao Presidente Petruzziello pela luta em favor dos Trentinos. Agradece ao Cônsul e ao COMITES, que diz ver agora, que realmente se preocupa com o trabalho eficiente . Em seguida é dada a palavra ao Jornalista Desidério Peron que se manifestou dizendo que acha importante o que todos disseram aqui e também considera com a devida importância as criticas que foram feitas a imprensa, Relata que o trabalho que começou a fazer desde 94, foi feito dentro dos recursos disponíveis inclusive como um “dopo lavoro” , mas com seriedade . Diz que quando houve certas críticas fica contente porque só critica quem viu, mas também as vezes fica triste porque nestas crítica muitas vezes não se percebe o correto entendimento do que se faz e que tem consciência de que falta no meio da coletividade italiana, antes de tudo, é informação. Discorre sobre alguns episódios acontecidos quando uma pessoa divulgou nas comunidades italianas as noticias sobre aposentadorias. Falou sobre o processo que sofreu por publicar matéria sobre uma reunião do COMITES em Criciúma, e sobre outros episódio em que esteve envolvido e terminou citando uma frase de um presidente americano “de que é melhor ter uma imprensa que erra todo dia do que governar sem ela”.

Em seguida o Presidente agradeceu, mais uma vez, a presença de todos, convidando os presentes a participarem de um almoço oferecido pelo Circulo Lira de Blumenau, encerrando a sessão, da qual eu Neide de Pellegrin, secretária, lavrei a presente ata, que após aprovação será assinada pelos Conselheiros.

Circoscrizione del Paranà e Santa Catarina
Circunscrição do Paranà e Santa Catarina