TORNA
Atas das reuniões do Comites PR/SC

Ata da Reunião Ordinária do Comites/Consites – PR-SC

Aos dezesseis dias do mês de setembro de dois mil, às nove horas na sede da Sociedade Dante Alighieri, na rua Des. Westphalen, 15, na cidade de Curitiba - PR, sob a presidência do Dr. Walter Antonio Petruzziello reuniram-se os membros do Comites, conforme lista de presença que é parte integrante desta ata, ausentes com justificativa os Cons. Danil João Anesi, Edilson José Serenato, Guido José Burigo, José Crepaldi e Fiorello Zanella, e sem justificativa Antonio E. de L. Cancelier. Presente também o Cônsul Geral da Itália Dr. Gianni Piccato. Após dar as boas vindas o Sr. Presidente dá posse ao Cons. Sergio Galletto, dizendo- lhe que é benvindo e apesar do pouco tempo de mandato possa continuar o trabalho do Cons. Giancristoforo. Feita a leitura da ata da reunião anterior a mesma foi aprovada por unanimidade. Em seguida passou-se a discutir os temas previstos na convocação, iniciando-se com o preventivo do Comites para 2001. O Sr. Presidente informa e o Cônsul confirma que até a presente data ainda não houve liberação do financiamento Comites 2000. O Sr. Presidente apresenta o balanço preventivo 2001e depois de alguns esclarecimentos o mesmo foi aprovado por unanimidade, da seguinte forma: Aluguel Lit. 12.420.000, Equipamento p/ escritório Lit. 2.500.000; Material (Cancelleria) Lit. 2.160.000; Correio e Telefone Lit. 1.800.000; Viagens Lit. 26.082.000; Coadiutore do Presidente Lit. 13.455.000, totalizando Lit. 58.417.000. O Sr. Presidente pede ao MAE que conceda o valor solicitado, pois o mesmo é real e necessário ao funcionamento do COMITES. Em seguida passou-se a discussão e análise do preventivo efetuado pelo Circolo Italo-Brasileiro de Arapongas, sobre o capítulo 3571. O Cons. Mangili fala em nome da comissão que foi formada para discutir o tema, conforme determinação da AP, na reunião de Urussanga. Sugere que o Circolo de Arapongas forneça o nome das pessoas assistidas e o valor dado a cada um. Diz saber que o valor concedido pelo MAE é pequeno diante das necessidades à assistência. Menciona que o Círculo peca na demonstração da receita e que as despesas operacionais poderiam ser menores, pois representa 100% da receita e para quem analisa a distância fica confuso e pode interpretar de maneira errônea o preventivo. O cons. Aromatario diz que este pedido não cobre somente Arapongas, mas toda a jurisdição PR-SC e que alguns anos vem assistindo aos necessitados em várias cidades. O Sr. Presidente solicita um esclarecimento sobre Assistência Legal, que lhe foi esclarecido pelo Cons. Aromatario dizendo tratar-se de pequenas questões que nossos concidadãos tem com a justiça e INPS. O Sr. Presidente, na qualidade de advogado, coloca, sem custos, sua estrutura particular a disposição do Circolo de Arapongas ou de qualquer italiano que necessite. Menciona, ainda, que mais uma vez SC não se organizou para criar uma pequena estrutura na Circunscrição e desta forma propõe a aprovação do valor total solicitado, visto que o Circolo deverá cobrir toda a Circunscrição. Solicita, ainda, que a cada assistência o COMITES enquanto Ente seja informado do nome e endereço e até da quantia, pois deste modo o COMITES terá argumentos para aprovar os valores solicitados e até para justificar o pedido de verbas para o capítulo 3571. Colocado em votação o pedido foi aprovado por unanimidade para um total de Lit. 62.100.000 ou R$ 62.100,00. O Sr. Cônsul menciona que o valor cobre também o Estado de Santa Catarina e que o COMITES deve justificar seu parecer, pois há três anos deu parecer negativo, ha dois deu parecer parcial e este ano dava invece de total aprovaçao. Em seguida passou-se à análise do cap. 3153 ( antigo 3577) e o Sr. Presidente lembra que os representantes legais das Entidades que solicitam contribuição não participariam da reunião. O Cons. Mondio, por ser profº da “Vicentini”, solicitou permissão para permanecer na sala sem votar. O Sr. Presidente cita que para se fazer um trabalho mais correto deve-se analisar o trabalho da comissão, e após o relatório, cada Conselheiro poderá intervir. Cita, ainda, que recebeu á cópia do trabalho da comissão e que é um trabalho muito bem feito, dando os parabéns aos que fizeram parte da mesma. O Cons. Mangili cita que a Comissão trabalhou seriamente e que teve como objetivo colaborar. Passou-se a discussão do pedido feito pela “Vicentini” . O Cons. Mangili, fazendo uma analise do documento, menciona que deveria ser anexada ao projeto a discriminação do material à ser adquirido com a verba constante no item 2 do anexo 2 /B (livros e material multimídia), pois facilitaria a análise da conveniência da aquisição. Os custos foram criteriosamente analisados de acordo com a realidade em todos os anexos do projeto e a Comissão se baseou na menor custo por aluno, por estar dentro da realidade, que é do CECLISC no valor de R$187,00. O Cons. Dalla Rosa questiona se neste valor esta considerado o custo de cursos de atualização, pois já na última reunião se falou na falta de atualização dos profº, duvidando da capacidade dos mesmos. O Presidente lembrou de que este pedido é feito em separado, pois existe um capitulo próprio e a entidades não pediu nada. O Cons. Mangili lembra que existe um acordo entre as entidades onde é de responsabilidade do CCI realizar os mesmos e portanto é quem apresenta o pedido da verba correspondente. Colocado em votação o pedido da Vicentini foi aprovado por 12 votos e 1 abstenção para um total de Lit. 42.000.000 ou R$42.000.00. Passa-se a analisar o pedido do CECLISC e o Cons. Mangili observa que o elevado número de alunos é devido ao fato de estarem estabelecendo parcerias para o próximo ano com a FEIBEMO, FOCAIB e a ASSOCIAÇÃO DO ALTO VALE DE SC. Esclarece, ainda, que a detalhada descrição do material à ser adquirido facilitou a avaliação do projeto e os custos conferem com a lista dos fornecedores. Por isso a comissão sugere a aprovação de um parecer para Lit. 464.000.000 ou R$ 464.000,00 . A Cons. Caterina menciona não saber que tipo de cálculo foi feito, mas que o custo de R$187,00 por aluno é muito baixo, visto que SP, Recife, e Rio pedem muito mais. O Cons. Mangili confirma que a análise foi feita de acordo com o projeto e foram analisados os custos administrativos, onde o coordenador de curso recebe R$ 500,00 e é possível trabalhar com este valor, não podendo avaliar que em outras entidades o coordenador recebe R$ 5.000,00 por mês. O Sr. Presidente cita que o valor por aluno não é um parâmetro confiável pois a comparação com outras jurisdições depende de quanto o MAE decide liberar para cada uma delas e que os custos são diferentes em todos os lugares do mundo. O Cons. Dalla Rosa pergunta se o valor por aluno em Curitiba é maior que nos outros locais. O Cons. Mangili disse que as entidades pagam mais ou menos a mesma quantia por hora aula, os encargos sociais são comuns à todos, o material didático é importado no valor equivalente à todos, alguns tem alguma despesa com aluguel enquanto outros não. O Sr. Cônsul recorda que o COMITES recebeu uma correspondência escrita e assinada pelas quatro entidades solicitando ao COMITES que aprovasse para o ano de 2001 um parecer de acordo com os custos por aluno igual ao recebido pelo Rio de Janeiro e que provavelmente na elaboração dos preventivos algumas entidades mantiveram o acordo e outras não e, que ao assinar o acordo, acreditavam de qualquer maneira de homogeneizar os custos, sem julgar se isto é justo ou não. Menciona que o COMITES é soberano para elaborar o parecer em base a sua decisão. O Sr. Presidente recorda que quando a correspondência foi apresentada ao COMITES, foi respondido que não se aceitava imposições de valores e que isto está registrado em ata. Que as Entidades podem fazer os pedidos respeitando o acordo firmado entre eles, porém o COMITES não é obrigado a emitir pareceres de acordo com estes valores ou acordo entre as Entidades. O Cons. Mangili, reafirma àquilo que o Presidente mencionou e que o COMITES tem autonomia e capacidade para decidir o que deve ser feito. Sobre este aspecto faz questão de afirmar que é muito deprimente este tipo de imposição, visto que no passado se fazia do COMITES um instrumento de interesses particulares. Da sua parte enquanto fizer parte do COMITES não aceitará imposições. O Cons. Dalla Rosa pergunta sobre o valor da semestralidade cobrada pelo CECLISC. Foi esclarecido os valores que cada entidade cobra e que a realidade de cada região é diferente e por isso não se pode uniformizar. O Cons. Mondio recorda que já na última reunião se falou das diferenças regionais, que os cursos chegam da Itália e deveriam ser igual para todos. O Cons. Moacir solicita uma semestralidade igual, diminuindo para os que cobram mais e aumentando para os que cobram menos. O Sr. Presidente responde que não poder intervir em uma entidade privada e que só pode avaliar o pedido de contribuição. O Cons. Pontalti disse que cada curso pode ter alguma coisa além do que está proposto e por isso o valor pode ser diferente, porém cita que quando se solicita a compra de computadores, com um preço que não é o de mercado e se raciocina, de acordo com aquela correspondência, aumentando o preço, é uma ofensa à nossa inteligência. Não é admissível que uma entidade tenha um custo administrativo de 5,57% e outro 30% de sua arrecadação . Se uma entidade cobra adiantado ou não, é uma questão interna de cada entidade, porém a questão de transparência deve ser avaliada pelo Comites . O Cons. Dalla Rosa cita que estamos tratando de um país que estimula o ensino da língua num país estrangeiro e que deve atingir um número maior de pessoas, e que não pode ter uma diferença tão grande de valores na cobrança da semestralidade. O Sr. Presidente esclarece que não se pode impor um valor de semestralidade às Entidades, mas se pode solicitar uma diminuição no valor da mesma. O Cons. Moacir disse que está aqui para defender a comunidade e não para impor suas idéias. O Sr. Presidente diz que o Cons. Dalla Rosa tem razão, porque tem em mãos dados sobre a desistência e seguramente a desistência não é só por questão de tempo mas também financeira, pois existem pessoas que realmente não podem pagar, mas impor ou sugerir o valor que a entidade vai pagar ao professor ou receber de seus alunos, extrapola o nosso poder. O Cons. Mondio se manifesta de acordo com o Cons. Pontalti, pois é estranho que uma Entidade cobre uma semestralidade de um jeito e outra de outro, mas não se pode fazer nada, a não ser trocar de escola. A Cons. Neide cita o exemplo de Urussanga e a experiência de Blumenau que não recebem contribuições do MAE e se mantém com mensalidade razoável e cada associação tem que encontrar o seu caminho. O Cons. Oscar se mostrou preocupado com a possibilidade de se inviabilizar os cursos devido a adoção do menor custo aluno. O Sr. Presidente reafirmou que o custo apresentado pelas entidades foi calculado em base ao quanto o MAE liberou para o Rio e não ao custo real. Em seguida foi colocada em votação o pedido do CECLISC de Lit. 464.000.000 dos quais Lit. 48.000.000 para material multimídia. O pedido foi aprovado na integra e por unanimidade. O Cons. Mangili passa a relacionar sobre o pedido da Dante Alighieri dizendo ter observado um relatório um pouco confuso, quando cita que os cursos são ministrados na sede e depois menciona que são ministrados também em Ponta Grossa, Guarapuava e São José dos Pinhais e no anexo 2/B solicita verbas para aluguel. Também um pouco confusa a projeção de alunos. Utilizou o formulário do balanço consultivo dificultando a comparação com as outras identidades. Sugere que o Consulado exija uma padronização dos formulários. O Sr. Cônsul esclareceu que o Consulado enviou os preventivos da maneira que os recebeu para que o COMITES tivesse tempo de efetuar a analise e elaborar os pareceres dentro do prazo, sendo que o Consulado aportará as modificações necessárias de modo que sejam encaminhados ao MAE de maneira a não serem devolvidos. Retornando à análise, se esclarece que foi utilizado o mesmo parâmetro das outras entidades, respeitando o pedido integral do material multimídia de Lit. 9.878.000, visto ser coerente com o número de alunos. Foi sugerido a soma de Lit.120.000.000, que colocado em votação foi aprovado por unanimidade. Passa-se, em seguida, a análise do pedido do CCI. O Cons. Mangili, em nome da Comissão, observa que na visão geral do projeto é feito com base nos diversos anexos ao orçamento do CCI como o prejuízo que estaria acontecendo no final deste ano. Cita que nenhuma entidade mencionou prejuízo e que os valores recebidos pelo CCI são bastante altos, se comparados com as demais entidades. Não se justifica, portanto, os prejuízos, que podem ser causados pela má administração da Entidade, como, por exemplo, o pagamento do aluguel do Vice-consulado de Florianópolis, que pode ser caracterizado desvio de verbas, pois o capitulo 3153 (ex 3577) não contempla tais destinos para estas verbas. No anexo 2/B os valores estão super faturados e podemos verificar pelo levantamento de preços. O CCI solicitou verbas para a compra de 65 computadores Pentiun 350 Mz completo para uso de Cd-Rom a Lit. 4.500.000 cada um. O modelo do computador já é fora de fabricação e, atualmente, um de 550 Mz, de velocidade e capacidade maior podem ser encontrados a Lit. 1.500.000. O Sr. Presidente mostra um jornal com preços de computadores e o Cons. Mondio mostra um orçamento da empresa “QEN” que consta como fornecedora dos computadores ao CCI, onde esclarecem que não possuem computadores de 350 Mz e oferecem computadores de 550 Mz à R$ 1.499,00 ou Lit. 1.499.000, sendo, portanto, impossível custarem R$4.500,00 ou Lit. 4.500.000 e na mesma empresa fornecedora pode se comprar três. O Cons. Mangili agradece, pois esta informação vem confirmar o que foi detectado pela comissão. Cita, também, o valor dos cursos comprados da Editora Guerra que Criciúma vende à R$60,00, em Porto Alegre à R$87,00 e o CCI relata um custo para si de R$210,00. Os demais itens não foram verificados porém observando-se esta linha de cálculo se estima que também estão 3 vezes maiores que a realidade. Existe também um pequeno erro no anexo 2/B onde consta 395.000,00 item 2.3 e na discriminação consta 392.250,00, pedindo à mais no anexo. Consta solicitação de bolsa/prêmio de estudo que o Consulado havia orientado que não deveria solicitar pois a verba estaria sendo extinta e nenhum outra entidade solicitou a não ser o CCI. Resulta também alimentação para alunos e as informações recebidas confirmam que não é fornecida. Em Criciúma nem cafezinho é servido. No anexo 2/D, que trás o pedido de financiamento para aperfeiçoamento de professores, deve-se ter atenção, pois não foi respeitado o acordo com as outras entidades, visto que em 1999, quando se acreditava na igualdade de condições na elaboração e participação dos cursos de aperfeiçoamento de professores, o CCI realizou um curso para professores de criança e os interessados das demais entidades deveriam pagar sua participação, o que inviabilizou a participação dos mesmos. Os cursos são ministrados por 4 à 6 professores italianos, que ao mesmo tempo dão cursos em Porto Alegre, São Paulo e Curitiba, e, portanto, se pode supor que as despesas sejam divididas. Mesmo que o CCI fique como coordenador a verba solicitada é superdimensionada. O Sr. Presidente menciona que recebeu vários documentos sobre irregularidades no CCI e não pode se abster de informar os Conselheiros sobre estes documentos, para que não sejam acusados de omissão. Cita que não é função do Comites investigar, mas as providencias devem ser tomadas pelo Consulado e pelo MAE, independente de qualquer providência da parte do Comites. Esclarece ainda, o Presidente, que estes documentos foram extraídos de disquetes de back-up do próprio CCI, que lhe foram encaminhados e que os coloca a disposição de qualquer perito para que verifique a veracidade. Quanto aos preços dos computadores, o Cons. Mondio já demonstrou a incoerência dos valores, mas o próprio CCI, em sua relação de bens patrimoniais colocou o valor de um computador à R$1.460,00; dentre os documentos consta um contrato de locação entre o CCI e a Sra. Conceição Aparecida dos Santos, brasileira, casada, residente em Curitiba, de um Fiat- Tempra- Ano 97 – placa BRE-7100, no valor mensal de R$ 1.800,00, prazo de locação à partir desta data e duração por tempo indeterminado. O locatário deverá fazer o pagamento pontualmente até o dia 10 de cada mês. Todos sabemos que a Sra. Conceição Aparecida dos Santos é a mesma Sra. Conceição Barindelli, mulher do Presidente do CCI, Sr. Luigi Barindelli. Cita, ainda, que se não houvesse nada de errado não haveria necessidade de se usar o nome de solteira. A pergunta que deve ser respondida é : porque um veículo particular da mulher do Presidente é alugado para a entidade por um valor elevado e para que fins? Apresenta, também, um outro contrato, em que o Sr. Luigi Barindelli, como pessoa física, firma com o CCI, para receber mensalmente R$5.500,00 e que vários recibos foram encontrados nos disquetes. Recebeu de uma única vez R$38.500,00 dos quais foram deduzido um total de R$19.067,00 que havia sido pago anteriormente. Para quem diz trabalhar gratuitamente para a difusão da cultura italiana é um salário espetacular. Lembra, ainda, o Presidente que em uma reunião anterior do Comites ,o Sr. Luigi Barindelli declarou não receber nada pelo seu trabalho no CCI. Esses recibos vão ser entregues ao Ministério e ao Consulado para verificaçao e se for o caso, ao ministério público italiano ou brasileiro. Outro documento apresentado possui o percentual de desistência que em alguns casos chega até 40%, documento produzido pelo próprio CCI, juntamente com uma lista de professores, com a carga horária de cada um e com o valor da hora aula, consta vale transporte para alguns, além de pagamento por fora e também relação de turmas. Estes valores são bem menores do que aqueles apresentados no orçamento. É lógico que uma classe com 5 ou 7 alunos custa mais que uma com 22. Existem vários recibos em que se pode verificar que o Sr. Barindelli, enquanto pessoa física, emprestou ao CCI ( fato que foi confirmado pelo Sr. Barindelli) à juros de mercado, centenas de milhares de reais. Existem recibos de empréstimos para pagamento à DIDAEL, no valor de R$ 42.400,00, do qual o Cons. Mondio informa que o Sr. Barindelli é o seria o representante exclusivo para o Brasil. Pode-se verificar, ainda, que existem várias ações trabalhistas movidas contra o CCI, por professores que são contratados de forma irregular. O Presidente apresenta uma carta recebida em 30/08/2000, assinada pela professora Vanessa Durando pedindo intervenção do COMITES, pois a mesma foi ludibriada pelo Sr. Barindelli que a fez trabalhar como turista, prometendo um contrato de trabalho, o que nunca aconteceu, tendo sido contratada irregularmente pelo CCI. O Presidente dá leitura à carta, na qual a Sra. Vanessa Durando pede a intervenção do Comites e a indicação de um advogado para curar seu caso. Nos mesmos disquetes foram encontrados a campanha feita contra a Chapa 1, por ocasião da eleição do Comites, o que prova que dinheiro do CCI foi usado para fins políticos de denegrir a imagem de outros candidatos. O Presidente dá conhecimento à assembléia de uma ação penal e outra trabalhista movida pelo Sr. Mondio contra o Sr. Luigi Barindelli e o CCI, em virtude de ameaças feitas pelo Sr. Barindelli. O Cons. Mondio explica que isto está acontecendo desde que no retorno de uma viagem à Roma o Barindelli, telefonou ao mesmo dizendo ter encontrado o Sr. Petruzziello que lhe mostrou ata do COMITES, onde se podia verificar que o Sr. Mondio teria feito criticas ao modo em como o CCI é administrado. Menciona que o Sr. Barindelli o prejudicou propositadamente, depois de este episódio, ao não fornecer informações a Volkswagen, fazendo com que perdesse um emprego de R$5.000,00 mensais. Que na penúltima reunião do COMITES(17.06.2000), diante da Cons. Caterina, o Sr. Barindelli confirmou que havia feito o Cons. Mondio perder o emprego propositadamente, além depois ameaça-lo, diante de três testemunhas, por ter ido na Justiça do Trabalho contra o CCI. O Sr. Cônsul chama a atenção de ordem metodológica, dizendo que este assunto deve ser citado, mas não neste momento, pois como foi feito até agora, se deve fazer uma analise com dados objetivos sobre os valores solicitados pela Entidade. O Sr. Presidente disse que a moção será votada depois mas que os documentos fazem parte da discussão, enquanto a questão do Mondio é pessoal. O Cons. Mangili questiona os valores das despesas que não são iguais, mas informa que o CCI adquiriu uma sala em Criciúma, no valor de R$14.000,00 e também o Cons. Mondio informa ter havido a compra de uma geladeira usada, da própria família Barindelli e que isto é uma aplicação indevida dos recursos da Entidade, caracterizando desvio de verbas. O Cons. Mangili diz, ainda, não saber de que forma isto foi apresentado na prestação de contas. O Sr. Presidente disse que foi feita uma proposta muito coerente, mas propõe que o Comites dê parecer negativo ao CCI até que o MAE investigue e esclareça sobre os fatos que comprovam a incompetência, a má administração na Entidade e eventualmente, desvio de dinheiro e da finalidade. A Cons. Caterina se mostrou preocupada porque o CCI precisa do dinheiro para manter os cursos e embora concorde que se existem problemas, o COMITES ou alguém deve investigar. Diz que os próprios sócios poderiam averiguar. O Sr. Presidente pergunta quem são os sócios do CCI? O Aromatario, Crepaldi, Barindelli? O Cons. Mangili esclareceu que quando foi fundado o CCI foram convidados algumas pessoas para fazerem parte do quadro associativo, inclusive ele, durante muito tempo não teve noticias e depois de 3 anos recebeu uma fatura pedindo para ser paga como anuidade, para justificar o associativismo, tendo então se desligado do CCI. O Cons. Mondio pergunta se o Cons. Aromatario conhece todas as decisões que o CCI toma, inclusive sua demissão. O Cons. Aromatario responde que não. O Cons. Mondio diz que isto demonstra que somente uma pessoa toma as decisões e que a própria Caterina não sabe o que acontece na Entidade e por isso não pode questionar, visto que é somente professora e isto demonstra como é gerenciado o CCI. O Cons. Dalla Rosa disse já haver falado outras vezes que é à favor de que o CCI seja investigado, mas que a nossa entidade não pode assumir à responsabilidade de deixar milhares de alunos sem aula, penalizados pela má administração no CCI, como Entidade gestora de curso; o processo deve ser levado avante, mas os alunos não podem sofrer as conseqüências. O Sr. Presidente pergunta se os Conselheiros estão de acordo que o COMITES faca uma solicitação ao Ministério para que investigue o CCI. O Cons. Pontalti disse que este dinheiro é público e nós temos o direito e o dever de raciocinar encima de verbas públicas que vai para o bolso do indivíduo. O Sr. Cônsul disse que analisamos aqui um documento que fala sobre a desistência, mas só de uma entidade e imagina que esses dados sejam mais ou menos homogêneos e seria interessante ter dados também das outras entidades e que desconhece a existência desses relatórios. O Sr. Presidente diz que para o futuro é correto aquilo que o Sr. Cônsul menciona, mas que não foi o Comites que apresentou estes dados, mas o CCI é que os tem em seus arquivos. O Cons. Mangili disse que este parâmetro não deve ser analisado porque estamos avaliando uma projeção para 2001. A Cons. Neide disse que deve ser encontrada uma fórmula de que esses dados sejam computados de todas as escolas. O Sr. Cônsul informou da dificuldade de se obter informações, que por diversas vezes tentou e enviou questionários para poder ter informações sobre os cursos, as atividades culturais desenvolvidas nas comunidades, das associações, das lideranças e o que recebeu quase nada. Tendo sido colocado novamente a proposta, o Sr. Cônsul informou que provavelmente não será mantido o projeto MAGISTER, porque tinha uma duração prevista de 5 anos e no caso contrario terá que ter uma posição e intenções muito claras por parte do governo de SC. Deve saber quantos professores serão inseridos na rede ministrando aulas de italiano para avaliar se vale a pena a renovação do projeto. Diante dos fatos discutidos foi aprovado por 11 votos favoráveis e dois contrários, com ressalva de que seja encaminhado ao MAE um pedido de investigação dos fatos, um parecer de R$100.000,00 para cursos de atualização de professores e R$ 515.000,00 para despesas operacionais, num total de R$615.000,00. O Cons. Pontalti manifesta seu voto por parecer contrário ao pedido do CCI enquanto não ficarem esclarecidos os fatos citados. O Sr. Cônsul disse que deve ficar bem claro o que estavam aprovando porque no que depende dos cursos de aperfeiçoamento dos professores envolve também outras entidades e que depois estas não venham a ser prejudicadas. O Sr. Presidente disse levar em consideração o pedido dos Cons. Dalla Rosa e da Cons. Caterina, se curvando a vontade do Comites, para não prejudicar uma coletividade, mas é necessário transparência e que o este COMITES é sério e demonstra sua vontade. Solicita encarecidamente ao Sr. Cônsul Dr. Gianni Piccato que mantenha o parecer do Comites, mesmo porque se der um parecer maior que o do COMITES deverá fazer uma justificativa muito bem feita. O Cons. Mangili deixa claro que sua intervenção foi como porta-voz da comissão e que não seja amanhã acusado e ameaçado como mentor e culpado das conseqüências. O Sr. Presidente confirma que foi aprovado por maioria do Conselheiros um parecer total de Lit. 615.000.000, sendo que deste total Lit. 100.000.000 devem ser usados exclusivamente no aperfeiçoamento de professores de todas as Entidades. Não foi aprovada nenhuma outra soma para qualquer outro capitulo. Em seguida o Sr. Presidente coloca em votação a moção de desagravo em relação as ameaças que o Cons. Mondio vem sofrendo por parte do Sr. Barindelli, tendo sido a mesma aprovada por unanimidade. Em seguida dá conhecimento ao Comites de uma denuncia que chegou contra a Cons. Neide e que já esclareceu o fato com a denunciante e que mesma confirmou que foi influenciada pela Secretaria da Agência Consular de Criciúma que a encaminhou ao Sr. Itamar Benedet, sendo este o autor intelectual da carta. Pede ao Cônsul Geral que tome as providências em relaçao ao caso. O Presidente cita, ainda, a participação de Delegados de nossa circunscrição na pré-conferencia de Montevidéu, tendo sido informado que teria que ter 70% entre COMITES e associações e 30% de mulheres e jovens. O Sr. Presidente leu a lista das indicações dos nomes que participariam da pré conferência de Montevidéu , colocou-os para conhecimento do Comites e todos foram aprovados por unanimidade. Informou, ainda, o número das vagas destinadas às outras jurisdições e que não significa que os participantes da pré conferência irão para a Conferência em Roma. Nada mais havendo a tratar eu secretária Neide De Pellegrin lavrei a presente ata que foi aprovada pelos Srs. Conselheiros e será assinada.

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