TORNA
Atas das reuniões do Comites PR/SC
Ata da Reunião Ordinária do Comites/Consites – PR – SC

Aos dezessete dias do mês de junho de dois mil, às nove horas, na Biblioteca do Consulado Geral da Itália, em Curitiba, PR, sobre a presidência do Dr. Walter Antônio Petruzziello, reuniram-se os conselheiros do Comites (Consites), conforme lista de presença que é parte integrante desta ata. Ausentes com justificativa os Cons. Domenico Giancristoforo, Celso Marcon, Edilson Serenato ,Guido Burigo. Presentes o Sr. Cônsul Geral da Itália Dr. Gianni Piccato, Sr. Luigi Barindelli do CGIE, e o Diretor Didático Giovanni Dabbene. Com a saudação aos presentes o Sr. presidente deu por aberta a sessão. A ata da reunião anterior foi aprovada por unanimidade. O Sr. presidente fez um relato da reunião do CGIE realizada no México, informando sobre os documentos elaborados pelas comissões de trabalho e que serão apresentados na próxima assembléia a realizar-se em Roma. Se está sugerindo uma modificação nas normas que regulamentam a liberação de recursos do Ministério do Trabalho, para a realização dos cursos profissionalizantes, pois os entes que recebem esses recursos na grande maioria estão sediados na Itália e por isso tem maiores facilidades para obtê-los, se deve privilegiar os entes que estão fora da Itália, pois estes conhecem as realidades das comunidades italianas. O Ministério deve prestigiar e valorizar a pequena e média empresa. Discutiu-se a questão dos meios de comunicação; da RAI Internacional, na melhoria da qualidade da programação, solicitando que se desse enfoque nas informações de retorno ou seja que transmitisse o que acontece no mundo da imigração, que vem já sendo solicitada à muito tempo. Outra questão tratada é a tutela social, pois a situação do indigente na América Latina é gravíssima e as verbas para um programa de ajuda são insignificantes. Outro documento aprovado por unanimidade é o que trata da questão dos Trentinos que imigraram antes de 1920 e não tiveram a oportunidade de optar pela cidadania italiana, e que seus descendentes possam optar agora. Explica o Presidente que um projeto de lei já foi apresentado ao Parlamento e que um de seus artigos dava prazo de um ano para que os descendentes dos Trentinos fizessem a opção pela cidadania italiana, mas já foi paresentado uma alteração passando-se o prazo para cinco anos. Mesmo assim em conversa com o Consul Piccato soubemos que o mesmo havia redigido um documento afirmando que ao se estabelecer uma data causaria um grande problema, já que o consulado não tem condições de atender a todos nem mesmo em cinco anos. O problema  será discutido a nível de CGIE.. Outro ponto à ser debatido no CGIE é a questão da deficiência da estrutura operacional dos consulados, principalmente na América Latina. Quanto ao movimento para instalação de um Consulado em Cricíuma, ou em Santa Catarina a legislação italiana que criou o CGIE diz que em matéria de imigração é obrigatório o parecer daquele Órgão , e até agora ninguém deste movimento se preocupou em solicitar as orientações ou auxilio do CGIE. Parece uma movimentação instrumentalizada com fins políticos, envolvendo políticos locais e até o governador de SC e não as pessoas que poderiam auxiliar no movimento e que poderiam orientar e ajudar de qualquer forma. . O cons. Crepaldi se manifestou dizendo que em uma das reuniões anteriores foi debatido sobre o assunto e que até o momento o CGIE não deu nenhuma informação ou do caminho a seguir. O Sr. presidente respondeu afirmando que não pode fazer nada se não recebe uma correspondência oficial, visto que todos recebem correspondência menos o Comites. A cons. Neide rebateu dizendo que está informação já havia sido repassada e de forma bastante clara da inviabilidade da instalação do Consulado. Ao mesmo esta preocupada com os prejuízos que causarão às associações, no momento em que as pessoas perceberem que foram ludibriadas, pois muitos pensam que o Consulado já está funcionando. O Sr. Presidente pediu que este assunto fosse debatido depois. Se está solicitando um novo estudo sobre o direito da cidadania aos filhos de mãe italiana nascidos antes de 1948, porém é uma questão muito mais complexa, pois implica numa mudança na lei. Decidiu-se também solicitar que o Ministério emitisse uma orientação unificando os procedimentos na pratica do reconhecimento da cidadania para todos os consulados. O Consulado de Curitiba já esta trabalhando de acordo com as novas disposições, o mesmo ainda não acontece com outros, como por exemplo o de SP. A próxima reunião de Roma que se realizará em 4, 5 e 6 de julho, prevê uma extensa pauta de trabalhos. É quase certa que a 1ª Conferência dos Italianos no Exterior se realizará no mês de dezembro em Roma, sendo um acontecimento muito importante. O número de participantes, deverá ser de 1070 representantes do exterior e 200 representantes da Itália, distribuídos da seguinte maneira: 250 representantes do COMITES, 50 do CGIE, 200 de associações do exterior, 200 pessoas ou personalidades que atingiram notariedade no país de residência, 200 parlamentares, 100 representantes das novas gerações e 70 convidados especiais à critério da comissão. O Sr. Presidente disse se preocupar com a escolha das personalidades e das associações que poderão não serem contempladas e de que desejaria ter ao menos um representante de cada Federação. Quanto aos parlamentares existe a comissão parlamentar Brasil- Itália a quem deverá competir a escolha. O Sr. Barindelli faz parte do comitê de presidência e participa da organização, quem sabe possa levar a opinião de nosso Comites, para que fossem considerados membros do CGIE, mesmo aqueles que ocupem também um lugar nos Comites. O Sr. Barindelli disse que pode ser mudado qualquer coisa, já que este é o conteúdo da relação técnica da proposta de trabalho .A cons. Neide acha que as personalidades e os políticos poderiam participar por conta própria, beneficiando assim as associações ou qualquer cidadão que humildemente participa de iniciativas em favor da coletividade e não tem como pagar uma viagem à Itália, seria muito mais proveitoso, do que políticos que freqüentemente vão por conta do governo como recentemente foram os de SC. O Sr. Presidente disse que não sabe se o número de participantes poderá ser modificado, mas o orçamento para o evento já esta definido e não poderá sofrer mudanças. O Sr. Cônsul explicou que o problema não é só financeiro, mas também o número de participantes, para que os trabalhos possam ter um bom desenvolvimento, pois com um número exagerado de participantes os trabalhos podem ser comprometidos. O Sr. Barindelli disse que é importante a participação dos parlamentares e que seguramente se reunirão antes, até porque na metade de dezembro será difícil reuni-los. Se vão por conta própria ou não, deve existir um elo entre os debates realizados por eles e o da Conferência. São dois momentos distintos mas devem estar coligados, é importante a participação dos parlamentares e sobretudo dos jovens. O Sr. presidente disse que provavelmente no final de julho se tenha uma definição e pretende acatar a indicação do Comites, porém devemos impor alguns critérios para a indicação, como por exemplo o conhecimento da língua italiana. Gostaria que todos os Conselheiros pudessem ir à Conferência, mas isso é impossível. O cons. Cancelier disse que devemos nos preocupar com as associações e os jovens, fazer um bom trabalho para conseguir o máximo das vagas, levando-se em consideração que existem países mais organizados como por exemplo a Argentina. O Sr. Barindelli disse que levado em conta os números do AIRE, que no Brasil é baixo pela estrutura insuficiente dos consulados, de que na visita do presidente Ciampi disse que temos o direito e dever de reivindicar uma reforma na estrutura. O Consulado se preocupa só com os inscritos no AIRE, com cursos de língua italiana e com prática de cidadania. O Brasil está atrasado, pois deve se olhada as potencialidades existentes. Seria ideal que PR-SC se reunissem antes da pré conferência de Montevidéu e se leve já qualquer coisa para ser debatido e que em Roma se fale a mesma linguagem, continuando com os debates a nível local. O Sr. cônsul disse que os delegados devem estar preparados e conhecer ao menos um dos temas a serem debatidos. O Sr. Presidente voltou a frisar que é importante o critério anterior ou seja o conhecimento da língua italiana, que na pré conferência se terá uma visão do que vai acontecer e saber os critérios de escolha. O Sr. Cônsul disse que é importante a representatividade da pessoa mas também a sua capacidade, talvez as Federações tenham mais condições de selecionar quem é mais capaz para participar no debate dos problemas. O Sr. Presidente disse que é bem provável que alguns se sintam prejudicados e que haja insatisfação no momento da escolha, porém estas são as regras e não se pode fazer nada. Na próxima reunião serão apresentados as decisões. O Sr. Barindelli disse que será levantado a questão da assistência ao indigente, que na América Latina é muito grave, ou se consegue alguma coisa ou se deve em Roma tomar uma posição muito enérgica, cada um deve usar as circunstâncias para atingir seus objetivos, ver se consegue com que o parlamento inclua esse item e liberem fundos para a indigência na América Latina. O Sr. Pasquale disse que a questão do pensão social estava incluída na “ 2ª conferência de 88” , que depois de 92 não se falou mais em pensão social. O Sr. Barindelli disse que na reunião de maio do ano passado não foi comentado sobre este item, então o sub-secretário do Ministério do Trabalho disse que deveriam estar atentos a esse item, pois é um problema sério é e preciso pedir uma intervenção para a América Latina. Mencionou também a questão dos cortes das verbas para o ensino da Língua Italiana, tanto para a Europa como para os países fora da comunidade européia. O Se Consul disse que pode complementar as informações do Sr. Barindelli de que as verbas dos cursos de italiano que eram distribuídas na Europa até fevereiro passado eram em grande parte financiados pelo fundo comunitário europeu e os recursos economizados poderiam ser utilizados nos países fora da comunidade. Em fevereiro passado o fundo comunitário resolveu não financiar esses cursos, essas verbas tiveram então que serem recolocadas na Europa, implicando assim numa grande perda para os países extra-comunitários. O Sr. Presidente deu por encerrado o assunto sobre a conferência passando para o próximo item da pauta: incompatibilidade de se pertencer ao CGIE ou ao COMITES e representar Entes gestores de cursos ou de assistência. Vem sendo discutido no CGIE a mudança da Lei que rege estes Órgãos para que não seja permitida a eleição para essas entidades de pessoas que representam membros que recebem contribuições do MAE. E precisa saber da opinião dos conselheiros do nosso COMITES. O cons. Mangili disse que é muito ético que se coloque esse tema, procurando evitar que interesses particulares tenham supremacia sobre interesses genéricos da coletividade, além de ético é moral. E que até que enfim se vê contemplado num projeto de lei alguma coisa de bom senso. O Sr. Presidente disse que esse assunto será debatido agora em julho e provavelmente o resultado será levado ao parlamento para modificação na Lei. O tema já havia sido discutido no CGIE porém pela falta de tempo retornará a pauta da próxima AP. O cons. Mondio disse que se deve encontrar um instrumento de controle, para evitar que o responsável se demita e coloque qualquer outro que assine, continuando a receber as contribuição. O cons. Wenchenfelder acha que o correto seria simplesmente os Presidente de Entes não participarem da votação dos pareceres. O cons. Mondio dá como exemplo o Cons. Mangili que se demitiu de sua entidade. O Presidente disse que havia colocado no projeto apresentado na comissão de trabalho do CGIE que esta incompatibilidade se estendesse também à esposa e aos filhos, porém foram rejeitados pela maioria da Comissão e acredita que também desta vez não passaria tal proposta. Mesmo que se coloque alguém da família e que de qualquer maneira se burle a Lei, talvez seja uma forma de se iniciar um debate. O Sr. Barindelli disse que se o estado italiano não possui condições de executar seu trabalho é substituído pela iniciativa privada, citando o exemplo de uma tradução em italiano de um documento estrangeiro, que são feitos pelos Tradutores Públicos porque os Consulados não tem estrutura para atender a coletividade. Menciona, ainda, os jornais que são comandados por privados e recebem contribuição do governo. Os cursos de língua italiana na Europa não são privados são pagos 100% pelo governo Se a incompatibilidade é um fato real se devem encontrar soluções, mesmo porque o COMITES não decide, somente dá um parecer que sucessivamente pode ser mudado, tanto pelo Cônsul ou pelo próprio Ministério. O Sr. Petruzziello rebate que todos reconhecem a inteligência do Barindelli e ninguém vai menosprezá-la, mas comparar um ente que recebe verbas do Ministério com um tradutor público juramentado deve ser brincadeira. Os cinco tradutores de italiano são concursados pelo governo brasileiro e quando solicitados prestam serviços gratuitos ao próprio consulado, visto que o mesmo não tem verbas para pagar. A função de tradutor publico não é incompatível com função de Conselheiro. Se o Consulado quiser assumir a condição de tradutor pode fazê-lo, porém é necessário saber quem responderá penalmente pela autenticidade das traduções. O Sr. Cônsul disse que este não é o momento de particularizar, pode ser objeto de uma outra discussão porém no que se refere aos meios de comunicação a imprensa recebe uma série de contribuições do governo italiano. Estes tem uma função cívica e pública que é a comunicação. O Sr. Petruzziello menciona que a incompatibilidade pode penalizar uma pessoa, citando como exemplo o Cons. Aromatário que realiza um trabalho maravilhoso em prol da coletividade carente, e recebe um quantia irrisória. Não se pode porém deixar de reconhecer que o problema existe e por isso trouxe este argumento a discussão justamente para conhecer as opiniões dos Conselheiros O cons. Dalla Rosa questionou se é uma lei para ser cumprida no Brasil ou na Itália. Lhe foi respondido que o COMITES ou CGIE são entidades italianas e instituídos por leis daquele país embora não possam ferir as leis brasileiras. O Sr. Cônsul lembra que ha dois anos o COMITES deu parecer negativo ao pedido de Arapongas. O COMITES poderia coordenar e estimular um trabalho de assistência em prol da coletividade, semelhante aquele realizado há muito tempo por Arapongas. Criar uma nova e pequena estrutura para SC. O cons. Crepaldi indagou quem pode receber esta contribuição. O cons. Mondio alertou que a discussão era sobre incompatibilidade e se estava indo para outro assunto e que a vantagem é que alguém usando suas funções pode ter as portas abertas mais que os outros que não tem condição de ir freqüentemente á Roma. Colocado o tema da incompatibilidade em votação o resultado apresentou 14 votos a favor da incompatibilidade e 2 contra. O Sr. Presidente informou sobre a publicação do edital dos cursos do Ministério do Trabalho e leu a moção que encaminhou para o MAE solicitando esclarecimentos, pediu ao Barindelli que esclarecesse se o cursos profissionais estão sendo realizados. O Sr. Barindelli disse que em 98 o CCI teve um pedido atendido e em 99 teve quatro. Que o de 98 o Ministério liberou uma parte e transferiu os outros para 99 e depois foi cancelado, portanto não recebeu. Que os cursos de língua recebem verbas a fundo perdido, com prestação de contas ao MAE e os cursos profissionalizantes do Ministério do Trabalho com prestação de contas através do Consulado. Dos 4 aprovados para 99 não recebeu nada. Tendo gerado uma série de polêmicas sobre estas iniciativas, o CCI estava tentando abrir um espaço pois é a única associação brasileira que teve aprovado algum curso pois as demais são todas italianas, se deve pensar em continuidade de projeto para não perder tudo. Se o COMITES acha que esta iniciativa não servem para nada devemos dizer aqui, porém o CCI é uma entidade autônoma. O Sr. Presidente disse que não somos contra a realização dos mesmos, fomos eleitos em 97 e o CCI de Barindelli teve pareceres favoráveis em 98 e 99, sem que o COMITES tivesse conhecimento, queremos somente poder indicar pessoas a participar. O problema não foi nem o CCI e nem o Barindelli, pois o movimento contra a forma com que eram liberados os recursos parece ter nascido na Argentina. Tudo deve ser analisado com transparência. A primeira vez que recebemos informações foi sobre o curso de vidro. O COMITES não pode ser acusado de ser contra. O Sr. Cônsul disse que os esclarecimentos do Barindelli sobre os cursos são úteis e interessantes porque o dinheiro do curso de língua vem como fundo perdido e o dos cursos profissionalizantes tem que ter projeto aprovado e comprovação financeira que deve ter uma contribuição por parte do Ente igual a solicitada no projeto, ter garantias sólidas, porque pode ser que o dinheiro não seja liberado. Alguns cursos foram realizados no Brasil por entes não brasileiros que não tem ligação e não conhecem a fundo a realidade das nossas comunidades e entidades. O primeiro curso só foi repassada a informação quando o prazo de inscrição estava vencendo porque também o Consulado recebeu com atraso, não precisava o parecer do COMITES, e também teve dificuldade em fazer a sua parte. O Sr. Presidente leu a correspondência encaminhada pelo CCI defendendo-se sobre assunto comentado na última reunião. Disse o Sr. Presidente que não nega a palavra á ninguém e que não proíbe que os membros do COMITES digam o que pensam. Se alguém faz injuria, calúnia ou difamação responderá por elas, até porque na ata vai escrito o nome de quem fala. No caso particular e específico se o dinheiro veio ou não foi o Cons. Mondio quem mencionou e pode esclarecer o fato se quiser. O cons. Mondio ficou surpreso e disse que todo mundo sabe que ele foi funcionário do CCI por muito tempo, não está escrito que recebeu e sim se recebeu, não acha ofensivo, única coisa é que não disse ter provas. O Sr. presidente disse que o menos prejudicado na liberação das verbas foi o CCI. Que os formulários para 200l já chegaram e devem ser devolvidos até 31/07, e até dia 14/09 precisam do parecer do COMITES, em reunião na primeira semana de setembro. Falou sobre a reunião de quinta-feira no Consulado e impossibilitado de participar se fez representar pelo Cons. Mondio do qual recebeu um documento assinado pelos representantes dos quatro entes gestores de cursos, solicitando que o COMITES aprove o custo por aluno igual ao do Rio de Janeiro. O cons. Mangili disse que o COMITES não pode se submeter a uma imposição desse tipo. O Sr. Presidente menciona que o Comitato de Presidência do CGIE solicita mais verbas para os cursos de língua, para indigentes, mas se esquecem dos Comites e solicita ao Barindelli que se faça porta voz dessa nossa indignação. O Presidente informou sobre o pedido da cons. Marilei ao Dr. Dabbene e que recebeu o documento encaminhado pelo Sr. Dabbene no começo de junho e agora a colocava a disposição de quem tivesse interessado. O Sr. Dabbene disse que procurou fazê-lo da melhor maneira, porém foi muito difícil, até pela complexidade das informações. Misturou algumas informações que chegavam com as que já possuía. Fez um cálculo custo-benefício, analisou que em alguns casos é um pouco complicado e faltam elementos como no caso dos materiais multimídia pois as normas recebidas não são muito claras; para os cursos de aperfeiçoamento o MAE envia o valor de maneira global e o CCI é responsável pelos 4 entes. O cons. Mangili disse que gosta de analisar percentualmente os números e que entre os de 99 e deste ano, excluso os cursos de aperfeiçoamento; enquanto o CCI teve um acréscimo de 33% os outros tiveram uma redução de CECLISC de 10%, Vicentini 20% e Dante 11%.Se considerarmos o valor requerido com o obtido o CCI obteve 33%, CECLISC 23%, Vicentini 23% e Dante 27% . Reafirma que de qualquer maneira o CCI é mais beneficiado que os outros, não existe igualdade e é difícil explicar este tratamento.O Sr. cônsul disse que o que foi colocado aqui foi uma redução de 10 a 15% em relação ao que foi pedido no ano passado. O Sr. Dabbene disse que os custos por aluno não precisa ser igual para todos os entes. Diz que a questão não é só de %, é importante o custo por aluno e por ano de hora aula. O Ente mais prejudicado é a Dante. Se deve considerar o que cada curso oferece a mais . O Dante não recebeu ainda o resto de 99. Na Europa muitos acabaram com os cursos pois não receberam e não puderam pagar os professores. Não se pode no mês de maio receber a informação de quanto se vai receber se os investimentos foram feitos e os cursos estão em andamento, e vão receber a primeira parcela no começo de julho. Quanto a questão das outras jurisdições que recebem 3 ou 4 vezes a mais procurou se informar mais não recebeu resposta, quem sabe o CGIE possa ter essas informações para ser verificada. E no final da reunião os representantes dos entes decidiram de redigir o documento. O Sr. Presidente disse que não podemos comparar com outras circunscrições e temos que tomar pois temos saber de todos os detalhes, se possuem outras entradas, se os diretores recebem salários, se pagam aluguel, etc... Não importa o valor recebido mas que o mesmo seja aplicado corretamente. É necessário saber se a Direção Didática tem controle sobre as informações fornecidas pelas Entidades. O Sr. Dabbene respondeu que os números são repassados pelos entidades e depois se tem uma série de informações transcritas no diários de classe. Que em 98 e 99 visitou alguns cursos, o que viu lhe parece bom e neste ano não possui recursos para fazer as visitas. O cônsul não pode autorizar viagens por falta destes recursos. O Sr. Cônsul diz que para completar essa informação, tanto para demonstrar as dificuldades, fez um monitoramento entre as associações e entidades culturais, também da língua italiana, com correspondência a Federações Vice-Consulados, Agências Consulares, etc... pedindo informações sobre a vida cultural das comunidades e muitos não responderam. Tinha interesse mais especificadamente de ter elementos sobre os cursos de língua, um pouco de controle de informações, das iniciativas em favor da nossa comunidade: Blumenau trabalha só, Urussanga faz um ótimo trabalho há muito tempo. Pretendia ter uma idéia qualitativa e quantitativa e a correspondência de 8/3 e ninguém respondeu . O Sr. Presidente disse que o nº de professores é grande e quem pode garantir que todos estejam preparados, como são selecionados, como uma pessoa que não sabia uma palavra de italiano depois de seis meses de cursos vira professor? O Sr. Dabbene disse que depende do interesse do alunos alguns atingem um nível mais elevado do que os outros. E depois se submetem aos cursos de aperfeiçoamento. Dizer que todos estão preparados seria uma mentira, mas se empenham com sacrifícios, tem a vontade e os entes a capacidade de se organizar. O Sr. Presidente disse que se o MAE tivesse dado os recursos total sobre os quais o COMITES tinha dado parecer favorável as Entidades teriam recebido pelo menos o dobro. O COMITES não tem nada a ver com isso e se tiver que aprovar valor idêntico a de outra circunscrição seria melhor renunciar ao trabalho, pois sempre foi mencionado que os pareceres do Comites seriam os mais técnicos possíveis, não temos obrigação de aceitar imposições. O MAE dá um valor de 76.000 para uma circunscrição e 275.000 para outra não é culpa do COMITES PR/SC. Não é justo, porém, pois o critério deveria ser idêntico. Em fevereiro recebemos a informação que o COMITES de Curitiba .O Sr. Barindelli disse que os 4 entes tomaram essa decisão porque não conseguem mais continuar um separado do outro se os problemas são iguais, ainda tem contribuição do ano 99 para receber. Fez uma análise do que representa o nº de alunos da nossa circunscrição em relação as outras. Disse que o COMITES deve ser consciente. O Sr. Presidente disse que este Comites trabalha com consciência e não deve ser criticado. Se o MAE tivesse concordado com o nossa parecer as Entidades teriam recebido o dobro. O Cons. Mangilli concorda com os argumentos mas jamais com a imposição, querendo que se vote numa realidade que não é a nossa. Que façam um outro tipo de expediente mais não com este teor impositivo. O cons. Dalla Rosa questiona sobre a qualidade dos professores e se todas as escolas estão bem equipadas? Se estamos economizando é honesto. Se estamos nos preocupando em melhorar o sistema? Devemos diminuir a semestralidade para que outros também tenham condições de frequentar. Possivelmente o Rio investe mais, e estamos nos preocupando muito com os outros e isto não leva a nada. Não podemos abaixar a cabeça. O Sr. Presidente disse que não é bem assim , nós demos um parecer que é obrigatório mas não é vinculante, o Consulado pode fazer outro parecer. O Sr. Barindelli tem razão quando diz que os critérios para o Brasil são injustos, isto é um amadurecimento para a reunião de setembro. O Sr. cônsul disse que está sendo pedido uma suplementação quem sabe se o MAE acrescente qualquer coisa .O cons. Pontalti disse que o que propomos e que sugeriu na reunião que fosse encaminhado um pedido de proporcionalidade ao nº de alunos no total da soma, os nossos critérios são justos, em Florianópolis foi cortada a contribuição de uma escola que no ano seguinte deixou de existir, no segundo pedido manifestou-se contra porque não era uma escola de italiano, mas só se pode fazer isto enquanto se está inserido na comunidade. Em SC existe um convênio com o governo do estado com repasse de verbas, de salas de aula, de professores, etc.... que não é colocado nesta mesa e num momento em que foi representar o COMITES não foi permitida sua entrada no recinto de assinatura entre o governo e o CCI, enquanto o Sr. Andreatta participou. E por causa disso foi prejudicado politicamente na reconstrução da Casa D’Itália. De posse desta lista vai verificar se estes nº são reais, se sabe que prefeituras, igrejas cedem salas grátis. Também foi falado em pagamento antecipado de curso, há uma contra partida do aluno, se vê cidades com uma população pequena e um nº exagerado de alunos. O Sr. Dabbene disse que não pode ser de outra forma é uma contribuição. A cons. Neide disse que observando o relatório do Sr. Dabbene em alguns casos os cursos são economicamente inviáveis. Se deve pensar melhor antes de acusar e de saber com certeza os valores pagos a outros cursos. O Sr. Presidente perguntou ao Sr. Barindelli se o CCI paga aluguel na PUC e se os diretores são remunerados. O mesmo respondeu que não paga aluguel, que ele não recebe salários, mas os outros são contratados, oferece bolsas aos funcionários, professores, etc. O Sr. cônsul respondeu ao Cons. Pontalti que pensava haver justificado o episódio daquele dia, compreende que se sinta ofendido como representante do COMITES, aquela reunião de 5 á 10 minutos era necessária antes da cerimonia de assinatura, para revisão do protocolo, fazia parte do acordo entre o Governo Italiano, Consulado e Secretaria de Educação do Estado de SC. Só soube depois que não puderam entrar e que gostaria de ter esclarecimento sobre o episódio da Casa D’Itália. O cons. Pontalti disse que gostaria de pedir desculpas pela sua observação, de que no mesmo dia o Cônsul ligou. O Sr. presidente disse que todas as vezes em que existem acordos entre Governo Italiano e SC o Barindelli enquanto CCI está presente, e como CGIE ou COMITES nunca é convidado. Quando o Cônsul vai se reunir com as associações de Criciuma o Barindelli é sempre convidado, o presidente do COMITES nunca. Depois do episódio de SC o tratamento melhorou . O Sr. Ccônsul disse que em todas as suas viagens ao interior exige ser acompanhado por algum Cons. do COMITES. O cons. Mondio disse que nesta questão do dinheiro os entes cobram valores diferentes pelos cursos de que seria mais justo cobrarem igual, já que os cursos de aperfeiçoamento são iguais e seguem o mesmo método. O Cons. Crepaldi disse que no seu município se faz um trabalho sério, digno e honesto e que o nº de alunos é correto. Os profº participam dos cursos, fizeram curso em Belluno, que o nível é bom e está surtindo um ótimo resultado. Que o Consulado pode verificar. O Sr. Presidente disse que não há necessidade de se exaltar pois nem o Cons. Crepaldi nem seu Município haviam sido citados. O cons. Anesi pergunta ao Sr. Barindelli quanto é a semestralidade. O cons. Mondio disse que trabalha no Vicentini e acredita que pode dizer que a semestralidade é de R$ 50,00 e a hora aula de R$20,00. O Cons. Anesi disse que na sua entidade é de R$ 60,00, hora aula de R$15,00 e mensalidade de R$ 25,00 e as nossas contas estão em dia não vejo porque discutir 170,00. A cons. Marilei pediu esclarecimentos sobres cursos de Arquitetura. O Sr. Barindelli explicou que nos seus 11.000 alunos foi feito uma pesquisa para verificar o grau de instrução, profissão, área de interesse, e que possibilitou a criação de cursos direcionados. O Sr. presidente esclarece que a problemática sobre a rede consular atinge toda a América Latina e vem sendo motivos de debates. Foi ouvido o CGIE que também fez um expediente ao Ministério para que se faça uma reforma, amplie a rede consular num espirito de colaboração e de empenho comum. Que a reivindicação de um Consulado em Cricíuma é justa mas que se precisa seguir a estrada correta, pois o CGIE deve ser ouvido sempre que o assunto enmvolva a Comunidade no Exterior. Recentemente foram fechados o Consulado de Lugano e de Lucerna, e nenhuma manifestação ou abaixo-assinado fez o MAE voltar atrás. Desde as primeira reunião continental se comentava da necessidade de se aumentar o orgânico da rede consular e de criá-los onde não existissem como no Chile e no Peru. O grande problema que existe , mais precisamente no consulado de Curitiba é o orgânico, podemos apontar alguns pontos negativos, porém não podemos afirmar que possui funcionários suficientes. Infelizmente com o falecimento do Biaggio, a situação ficou ainda pior, somente na quinta-feira foi publicado o edital para o preechimento da vaga com prazo de inscrição até 30/06 e possível transferência entre outubro e dezembro. Já existe uma vaga que foi congelada no passado. Não sabemos quando o ministério vai preenchê-la mas precisamos continuar solicitando que a situação seja pelo menos repristinada. O problema do momento é a questão da cidadania, que pode perdurar por alguns anos e que em determinado momento vai se estabilizar. Não se pode ser hipócritas e mandar cartas iguais as que tem chegado ao governador de SC, ou ao próprio consulado. Foi lidas algumas correspondências muito ofensivas ao Consulado. O Sr. cônsul explicou de como está funcionando o atendimento à dupla cidadania, de que tem acatado alguns pedidos do Comites e vai continuar atendendo periodicamente desde que estejam entre os dois mil primeiro inscritos, para poder também priorizar a lista. Estão sendo chamados os inscritos do nº 350 à 400. O cons. Crepaldi disse que se fosse aberto o Consulado em SC já que existe uma Câmara de Comercio, um acordo de intercâmbio com a Associação Comercial e Industrial de Cricíuma (ACIC ) com uma associação italiana, ajudaria muito. Com relação a forma pode não ser correta mais alguém tem que botar a cara, a luta vai continuar e pode ser que venha um grupo em Curitiba fazer um manifestação O Sr. Presidente reafirma que este movimento foi instrumentalizado politicamente, não é uma reivindicação de Cricíuma, mas um movimento contra o Consulado de Curitiba. Deve-se trabalhar juntos e pelos meios legais, não é o Cônsul que tem poder para abrir um Consulado. O Sr. Cônsul disse que para conseguir abrir as duas novas agências consulares honorárias lutou durante dois anos para que o Ministério entendesse a necessidade. A cons. Caterina disse que nunca o Consulado foi tão eficiente. Os Cons. Moacir e Marilei se pronunciaram dizendo que este não é um movimento de SC. O Ccons Oscar concorda com os colegas, que não é SC e que não se pode dar ouvidos a um elemento desta estirpe. O Cons Crepaldi reafirma de que pode estar colocado no modo errado mas que é necessário. O Sr. Cônsul se manifesta dizendo estar triste pois imagina que a pessoa que assinou a carta se considere candidato a cidadania italiana, que ataca o consulado e que depois cuspa na cara do pais do qual quer fazer parte. Não se pode prometer o que não se pode cumprir. A cons. Neide fez um longo relato dos acontecimentos, da maneira que tem sido conduzido o movimento na região, onde está sendo aproveitado um momento difícil da população desejosa de trabalhar em outros países , que precisam da cidadania e como o Consulado não pode atender a todos os mesmos aproveitam a oportunidade. Essas mesmas pessoas são responsáveis pelo desistimulo das nossas associações, inclusive boicotando algumas iniciativas da FESCAIB, prejudicando outras, colocando nas ruas noticias como estas de que o governo italiano estaria mandando aposentadorias aos descendentes italianos. E acha que pode ser muito prejudicial pois as nossas comunidades mantiveram um sentimento de italianidade por mais de 100 anos, com poucos contatos com a Itália e que com fatos como estes as pessoas vão se afastando. O Sr. Barindelli fez uma síntese do que foi colocado por todos dizendo que não se pode deixar morrer este movimento, e que o ministério já recebeu alguma coisa. O Sr. Cônsul disse ter recebido uma moção da Assembléia Legislativa de SC, fazendo em seguida leitura da mesma. O Cons. Pontalti explicou o que havia dito anteriormente em relação a Casa d’Itália, que foi prejudicado na liberação de verbas e de ter sofrido pressões para que a casa fosse inaugurada com antecedência sem estar totalmente pronta. Convidando a todos para a inauguração no próximo dia 14/7. O Sr. Presidente disse estar fora do país nesta data e se fará representar pelo Conselheiro Pontalti. A Cons. Marilei faz perguntas sobre a situação dos passaportes para os “Sorveteiros” e o Cônsul presta esclarecimentos. A Cons. Marilei demonstra preocupação pois poderiam ter pessoas se aproveitando para vender contratos de trabalho para estes “Sorveteiros”. O Cônsul esclarece que aprovou alguns processos mas também rejeitou outros tantos. O Presidente menciona que devemos ter cuidado com as vozes que circulam pois muitas vezes as acusações são infundadas. O assunto foi discutido entre os Conselheiros. O Presidente solicita aos Conselheiros que encaminhem os requerimentos de cidadania através do Comites que serão entregues ao Consulado. O Sr. Barindelli menciona que deve ser reestruturado também os Vice- Consulados para que possam ter mais poder e ajudar o Consulado no desenvolvimento de suas funções. O Cônsul informa que a partir dos próximos dias estará na Rede Internet uma “Home Pagine” do Consulado, que deverá ser útil na obtenção de algumas informações e faz um relato dos itens que constarão na Home Pagine. O Presidente menciona o próximo item da pauta, calendário de reuniões; A próxima reunião deverá ocorrer em Agosto em Urussanga; na 1ª semana de Setembro deverá ser realizada a reunião sobre os pareceres; e talvez em novembro seja realizada uma nova reunião para preparação da Conferência Mundial. Em assuntos gerais os Cons. Zanella e Anesi informam sobre suas participações na posse do Agente Consular de Blumenau e o Cons. Aromatário na posse do Agente de Cascavel. O Conselheiro Mangili pergunta se o Consulado pode fornecer documentos relativos a prestação de contas do CCI para verificação e o Cônsul informa que os documentos não podem ser entregues pois são assuntos internos embora possa permitir que o mesmo seja olhado no Consulado. Alguns outros assuntos de caráter genérico foram discutidos e em seguida o Presidente agradeceu a presença de todos e deu por encerrada a Assembléia, da qual eu Neide de Pellegrin, Secretária do Comites lavrei a presente ata, que vai por mim e pelo demais Conselheiros assinadas após a aprovação da mesma.
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